Dolly ameaça levar caso contra Coca-Cola à Justiça dos EUA

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Dolly ameaça levar caso contra Coca-Cola à Justiça dos EUA

 A Dolly quer ampliar as fronteiras as verdadeiras guerras que trava com a Coca-Cola, deslocando o cenário de combate para os Estados Unidos. Ontem, a empresa brasileira resolveu atacar a concorrente usando as armas em vigor no país-sede da multinacional. Com um dossiê que comprova a contratação do lobista Alexandre Paes dos Santos para evitar que a multinacional fosse convocada a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, a Dolly espera que a Coca-Cola seja enquadrada na lei norte-americana de práticas corruptas no exterior (Forgein Corrup Practice Act).

  Segundo Laerte Codonho proprietário da Dolly, seus advogados estão preparando um processo de indenização moral e patrimonial contra a The Coca-Cola Company, com sede em atlanta. “Quero quer a ver dede seja estabelecida e haja ressarcimento dos prejuízos que tivemos no período em que a Coca-Cola nos boicotou”. Sem divulgar se a participação em vendas da Dolly fato caiu, o executivo apenas afirma que as provas de que a multinacional jogou sujo para roubar mercado estão em fitas de vídeo gravadas entre ele e o ex-diretor de compras estratégicas da Panamco/Spal (engarrafadora da Coca-Cola), Luís Eduardo Capitrano do Amaral.

  Duvidas- O conteúdo das fitas supostamente revelaria os planos da multinacional para tirar quatro pontos de participação da Dolly no mercado brasileiro em 2000. Dados da consultoria Nielsen daquele ano, porém, revelam que a Dolly acabou sendo favorecida “com a perseguição”. Em fevereiro de 2000, a fabricante possuía 1,1% na Grande São Paulo. Em dezembro, passou para 1,5% no mercado brasileiro e 7,5% na região metropolitana.

  Conflito- A disputa que a empresa trava com a multinacional já foi encaminhada à Secretaria de Direito Económico (SDE), que avalia o caso desde agosto passado. Em dezembro, a Dolly aumentou a carga e pagou um anúncio de meia-página no Wall Street Jounal, endereçado aos principais acionistas da empresa e ao presidente mundial da Coca-Cola, com suas denúncias.

 Este ano, depois de comprar um horário na madrugada de domingo na Rede TV, nos dias 4/01 e 17/01, a Dolly veiculou suas denúncias em nível nacional e apresentou à população parte dos trechos gravados com Capistrano. Ontem, foi a vez de Laerte Codonho divulgar “provas adquiridas com o apoio do público que assistiu aos programas”. São documentos internos da Coca-Cola, como e-mails entre Rodrigo Caracas, vice-presidente jurídico, e Daniel Mendonça, gerente de assuntos governamentais. Há ainda cópia do contrato de R$ 120 mil firmado com o lobista Alexandre Paes dos Santos para preservar a imagem da gigante de refrigerantes. E notas de reembolso com despesas que a Coca-Cola obteve em jantares com membros da Secreatria de Direitos Econômico.

  No Brasil, não existe legislação que trate sobre a atividade de lobistas. Um projeto de lei para regulamentar a atividade está engavetado há 13 anos no Congresso Nacional. Nos estados Unidos, porém a Foreign Corrup Practices Act, diz que é ilegal a qualquer cidadão ou empresa oferecer, pagar ou prometer pagamento partindo do exterior para um propósito corrupto.

fonte: Diário Comércio

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