SDE apurará denúncias feitas contra a Coca-Cola

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SDE apurará denúncias feitas contra a Coca-Cola

BRASÍLIA – Depois de quase dez meses de análises preliminares, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da justiça decidiu indícios de práticas anticoncorrenciais por parte da Coca-Cola, por meio de fabricantes dos seus produtos no Brasil.  Foi aberto processo administrativo para apurar se a empresa teria tentado fechar o mercado aos seus concorrentes “por meio de fixação de cláusulas de exclusividade no fornecimento de insumos para a fornecimento de insumos a determinados fabricantes”

  A Coca-Cola e a empresa Spal – fabricante dos produtos no Brasil – serão notificadas e terão 30 dias para apresentar defesa. As denúncias foram feitas em dezembro do ano passado à SDE pela empresa Ragi Refrigerantes, produtora da marca Dolly. Outras acusações contra a Coca-Cola, como prática de preços predatórios, divulgação de mensagem pela internet com informações inverídicas sobre a Dolly e patrocínio de fiscalizações públicas, que resultariam em benefícios fiscais para a multinacional, foram arquivadas pela SDE.

  Por meio de sua assessoria de imprensa, a Coca-Cola informou que a denúncia a ser investigada foi praticada por um “ex-funcionário do seu fabricante autorizado em São Paulo”. Na nota, também diz que aguarda notificação oficial da SDE para prestar todos os esclarecimentos e provar que está “não passa de mais uma peça da campanha difamatória promovida pelo auto-intitulado proprietário da Dolly”.

 A Fabricante do refrigerante Dolly chegou a entregar à secretaria um vídeo de uma conversa entre o presidente da empresa Ragi, Laerte Codonho, e o ex-representante da Coca-Cola Eduardo Capistrano, que supostamente comprovaria as atitudes da multinacional para pressionar os fornecedores de insumos para que não vendessem matérias-primas às pequenas fábricas de refrigerantes no País. A SDE considerou esta uma “prática factível de ser empregada por uma grande empresa detentora de parcela substancial de um mercado”, segundo o parecer técnico.

fonte: O Estado de São Paulo

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