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Qual era a estratégia usada pela Coca-Cola para recuperar espaço e tirar a Dolly do mercado?
A estratégia consiste em várias frentes:
1) ESPIONAGEM INDUSTRIAL: Capistrano tinha espiões vendo, anotando o que era vendido, para quem era vendido, sabores vendidos e ele sabia o que fazer com essas informações! Ainda dizia que isso era muito básico e fácil de se fazer!
2) FORNECEDORES: Estrangular a entrega de matéria prima para a Dolly.
3) RECEITA FEDERAL.
4) MINISTÉRIO PÚBLICO.
Tudo isso consistia na estratégia da perturbação pela Coca-Cola.
Capistrano relatou que não conhecia essas pessoas, que fazia questão de não conhecer quem ia fazer essas ações contra a Dolly. E tudo isso era feito porque o então Presidente da Coca-Cola Sr. Jorge Giganti pediu para que ele (Capistrano) recuperasse o mercado de refrigerantes, deixando mais de 50% do mesmo para a Coca-Cola.
Capistrano relata sobre as dificuldades de execução do seu plano, e que mesmo após 1 ano e meio da sua saída formal da Panamco (atual Spal - engarrafadora da Coca-Cola no Brasi) ele trabalhava como consultor de “projetos especiais”; que resumidamente consistia em cobrar as ações contra a Dolly.
Ele segue falando também das dificuldades em relação ao seu pessoal do comercial, que relutavam em fazer o que ele queria, porque tinham receio de no futuro precisarem de emprego em outras firmas de refrigerantes.
Contou que a orientação dada para a equipe era de procurar brechas para criar problemas! E que ninguém queria fazer nada fora do normal, então a saída foi contratar “lobistas que tinham a missão clara de cobrar, cobrar, cobrar todo dia, entrar com uma ação aqui, outra ali", porque segundo Capistrano, "a justiça é lenta e injusta" e até que se prove o contrário já estariam criados muitos problemas para a Dolly.
Segundo ele, essa é a estratégia da perturbação!
Nas premissas do plano, estava essa questão de procurar brechas. Onde era mais óbvio encontrá-las (brechas para causar problemas): com contadores, nos processos fiscais!
Ele disse que a busca por pessoas que executassem essa parte do plano não era de responsabilidade dele e sim do Sr. Eboli e outras pessoas que eram os responsáveis pelos assuntos jurídicos.
Capistrano explica que o papel dele como responsável geral do plano era cobrar resultados da equipe!
Laerte Codonho fala: “Quem manda é quem paga, concorda comigo?”
Capistrano concorda com a cabeça. Laerte continua dizendo quem paga é quem está com os “rebates” (repasses), quem está com o Caixa 2 na mão pra bancar todo esse plano contra a Dolly. Capistrano concorda. E Laerte segue perguntando quem controla o Caixa 2 da Coca-Cola?
Capistrano responde dizendo que ele acha que essa verba estava sendo repassada pela Associação dos Fabricantes. E Laerte pergunta o que vinha de Caixa 2 (como conseguia fazer o caixa 2)?
Capistrano responde dizendo que vinha de venda de muita sucata para terceiros, construção civil (no contrato constava um valor mais alto, que era pago, aí a pessoa contratada devolvia uma parte em “grana viva”), dos distribuidores que vendiam sem nota, faziam os próprios Caixa 2 e repassavam uma parte pra Coca-Cola.
Laerte questiona quem cuidava desse esquema, se era Sr. Paulo Sacchi e Capistrano diz que sim, muitas vezes era Paulo Sacchi mesmo; e que sempre a corda estouraria pro lado de quem fez: o construtor, o distribuidor ou o transportador.
Laerte Codonho diz que pessoas da diretoria da Coca-Cola falaram que o Sr. Capistrano operava no limite da legalidade.
Capistrano disse que não tinha como saberem, quem sabia o que ele fazia era o Gigante (presidente da Coca-Cola) e pessoas acima dele.
Laerte pergunta quem mandou Capistrano fazer tudo o que ele fez para quebrar a Dolly, e ouve que “isso era uma meta, um objetivo”! “E eu seria um louco de fazer alguma estratégia não usual!” e o presidente não saber.
Laerte Codonho afirma: “você tentou me quebrar!”
Capistrano sem graça a princípio, disse que não imaginou que a Dolly tinha sido tão afetada e que havia ficado até meio chateado com os resultados das suas estratégias contra a Dolly, que o feedback que passaram é que a Dolly tinha passado “incólume”.
Nesse vídeo, Capistrano fala que a situação da empresa (Coca-Cola) estava difícil, “a partir do ano que vem, não teremos mais privilégio nenhum, os preços estão em queda livre, ou vamos diminuir as despesas ao mínimo ou não temos como manter a lucratividade”. Ele segue dizendo que já tinham feito toda adaptação estrutural de logística, já tinham acabado com a maior parte das fábricas todas, já tinham feito a maior parte de redução de custos materiais, então pela pressão só restava a estratégia de acabar com a concorrência.
Capistrano continua falando que “estavam no fundo do poço e não tinham mais o que fazer, só desespero.”
“As ações mercadológicas não funcionavam mais, as rentabilidades todas, as dezenas de projetos que iam começar não funcionavam, então você era sempre limitado, limitado, limitado e só tinha uma coisa a fazer que era a estratégia mais antiga da Coca-Cola:
Como o Orsolim operava as contas de caixa 2 da Coca-Cola?
Capistrano disse que era um foco, que tinham “contas bancárias pessoais, e várias dezenas de contas que a Panamco mantinha, a Spal mantinha”; “tinha conta no Panamá e provavelmente transferências de alguma maneira para a Sede (da Coca-Cola)”.
Nesse vídeo Capistrano conta que conversou com Jorge Giganti sobre a possibilidade de Laerte Codonho/ Dolly denunciar para a imprensa todas as ações feitas pela Coca-Cola para quebrar a Dolly. E Capistrano relata como Giganti rechaçou essa possibilidade, achando um absurdo, dizendo que nenhum veículo de informação iria divulgar alguma denúncia sem antes consultar muitas pessoas ligadas à Coca-Cola. E que se Laerte fizesse isso "choveriam" processos contra ele, de todos os tipos e de todos os lados, com uma força desproporcional!
Onde tem a presença do Fábio Mello tem coisa errada?
Nesse vídeo Capistrano conta que o Sr. Fábio Mello foi apresentado a ele pelo Hugo Carletti. Laerte diz: “onde tem a presença do Fábio Mello tem coisa errada”. Capistrano responde dizendo: “Com certeza!” E pelo visto o Hugo também, mas ele tem os agentes dele, ele não aparece”. Capistrano continua dizendo que Fábio Mello teria os “caminhos especiais, que ele sempre soube que eram obscuros e não queria saber quais caminhos eram.”
Laerte Codonho fala: “rapaz se fosse nos EUA você iria em cana”.
Capistrano responde: “Se fosse nos EUA eu nem tinha me metido nessa”!
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